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quinta-feira, 15 de março de 2012

Rio Branco-ES dá mais um show e goleia o “saco de pancadas” Serra

Reza a lenda que o Serra sempre foi uma pedra no sapato do Rio Branco-ES. Não nesta quarta-feira. No Estádio Davino Matos, em Guarapari, o Capa-preta deu uma “chinelada” daquelas no Tricolor: 5 a 1. Os gols alvinegros foram de Cellin, Ronicley, João Paulo, Ramon e Enio. Val reduziu. O placar é o retrato fiel do que cada um dos times é capaz de fazer no Capixabão 2012. Enquanto o Rio Branco lidera, de forma cada vez mais isolada, agora com 23 pontos, o Serra sofre na lanterninha da competição, com apenas seis pontos e dez derrotas em 12 jogos. Crise que a partir desta quinta-feira será responsabilidade do novo treinador, Zuza, que viu o jogo das cabines. Não cabia, óbvio, mas até ele deve ter tido vontade de aplaudir o rival.
Dadas as condições adversas – meio de uma tarde de um dia útil, fora da cidade dos dois clubes – até que o público não era tão ruim. Nas arquibancadas, praticamente só alvinegros. E aqueles se dispuseram a conferir o espetáculo não perderam a viagem. Foi mais um show capa-preta, como na goleada de 5 a 1 sobre o Conilon, na rodada passada. A bem da verdade o jogo começou devagar, quase parando. Até os 15 minutos, uma partida concentrada no meio de campo e com muita correria e nada mais. Mas bastou caprichar um pouquinho para o Rio Branco se impor.
Aos 17 minutos, o meia Walax arriscou de fora da área. A bola claramente ia para fora. Mas o goleiro Tiago esticou-se todo, um metro para além da meta e espalmou para escanteio. Dito e feito. Após a cobrança, a bola passou por todo mundo até chegar a Cellin, no segundo pau. O atacante concluiu de chapa, com o pé direito: Rio Branco 1 a 0. Cinco minutos depois, a vantagem já era ampliada. Ronicley cobrou falta pelo lado esquerdo, próximo ao bico da grande área. O chute saiu de curva e morreu no cantinho direito de Tiago, que caiu atrasado: 2 a 0.
“Concurso” de golaços do Capa-preta
Aí, começou de vez o festival de golaços do alvinegro. Se fosse criada uma enquete dos melhores gols da rodada, possivelmente, o Rio Branco dominaria. Aos 30, João Paulo recebeu na entrada da área, pelo lado esquerdo, e, percebendo a saída do goleiro serrano, deu um toque de categoria, por cobertura, aumentando as palmas e o marcador: 3 a 0. Um minuto depois, o volante Ramon recebeu bola rolada da esquerda para a direita, na intermediária. Do jeito que ela veio, ele enfiou o pé. Tirambaço de direita e a bola foi morrer no cantinho direito de Tiago: 4 a 0.
Aos 40, quem deixou o seu foi o lateral-direito Enio. Com campo aberto para avançar, ele carregou a bola até a área. Cellin pedia, do lado esquerdo, mas o camisa 2 alvinegro abusou. Esperou a saída de Tiago a seus pés e deu um toquinho curto, o suficiente para encobrir o goleiro tricolor que deitava: 5 a 0. A partir daí, houve quem já falasse em outro 14 a 2, como o Rio Branco fez sobre o Espírito Santo, de Anchieta, em 2010. E chance para virar com um placar maior não faltou. Aos 43, Ronicley tentou driblar o goleiro do Serra e acabou perdendo a bola. E aos 46, Thayson entrou cara a cara, mas Tiago defendeu sua finalização.
O Serra estava morto. E azarado. Fernando Paulista, que entrara aos 35 minutos em lugar de Alberto, saiu machucado aos 45 para a entrada de Fernando Paulista. Observado pelo novo treinador, Zuza, das cabines, e comandado pelo interino Evaldo Pereira, o time mal assustava. Na primeira etapa, o goleiro rio-branquense Reinaldo nem pode dizer que trabalhou direito. Praticamente só assistiu a dois ou três chutes por sobre sua meta, além de poucas saídas para cortar cruzamentos. Para fazer valer o salário que lhe pagam, o camisa 1 alvinegro espalmou um chute de Fernando Paulista, que aos dez segundos do segundo tempo, entrou sozinho, mas não teve qualidade para pôr a bola na rede.
Estádio Davino Matos, em Guarapari (Foto: Bruno Marques/Globoesporte.com)Estádio Davino Matos, em Guarapari
(Foto: Bruno Marques/Globoesporte.com)
Ambição de Duílio esbarra em Val
Do lado vencedor, o técnico Duílio transmitia não só em palavras, mas também na substituição feita no começo do segundo tempo, a seriedade que queria. Apesar da vantagem enorme, tirou o volante Guaçuí e pôs o meia André, logo de cara. Duílio queria aumentar o saldo de gols. E chance não faltou. Aos 12, Walax deu um bom chute de fora, que Tiago espalmou. Aos 15, Cellin, num chutaço de longe, acertou o travessão. Aos 17, Enio cruzou e Cellin e Ronicley por pouco não alcançaram. E aos 19, Cellin, outra vez, bateu firme de fora da área, mas a bola passou à esquerda.

Mas a ambição do treinador alvinegro encontrou um obstáculo logo após a parada técnica. Aos 22, a defesa do Rio Branco ficou olhando a bola ser erguida no meio da área. Val agradeceu e desviou de cabeça para o gol, testando no meio do gol, mas para baixo, o que dificultou a vida de Reinaldo: 5 a 1. Serviu para diminuir um pouco a “gordurinha” do saldo alvinegro, mas nada além disso. O jogo foi levado em banho-maria até o final, com poucas chances de lado a lado. Deixando a certeza de que dificilmente o destino das duas equipes mudará. Se não houver reviravoltas, o Rio Branco chegará às semifinais. Já o Serra... Bem, o Serra, só com um milagre.
Próximos jogos
Na próxima rodada do Campeonato Capixaba, o Tricolor visita o Conilon, no sábado que vem, 17 de março, às 19h, em Jaguaré. Já o Rio Branco recebe o São Mateus, às 16h, do domingo que vem, dia 18, no Estádio Salvador Costa.
SERRA 1 X 5 RIO BRANCO-ES
Campeonato Capixaba 2012 (Primeira fase - 12ª rodada)
Data: 14 de março (quarta-feira)
Horário: 15h15
Local: Davino Matos (Guarapari)
Árbitro: Rudimar Goltara (FES)
Gols: Cellin (RIB) aos 17, Ronicley (RIB) aos 22, João Paulo (RIB) aos 30, Ramon (RIB) aos 31 e Enio (RIB) aos 40 minutos do primeiro tempo. Val (SER) aos 22 minutos do segundo tempo.
Serra: Tiago, Júnior, Ivo Bolt, Breno e Felipe; Maurício, Alberto (Fernando Carioca, e depois Fernando Carioca), Richard (Fábio) e Renan; Rodolfo e Val.
Técnico: Evaldo Pereira (interino).
Rio Branco-ES: Reinaldo, Enio (Isaac), Marcelo, Leandro e Thayson; Guaçuí (André), Ramon, Walax e Ronicley; João Paulo e Cellin (Pires).
Técnico: Duílio Dias.

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