No duelo entre os dois clubes mineiros que completam 100 anos em 2012, o
Tupi se deu bem sobre o América-MG. O Galo Carijó de Juiz de Fora fez 2
a 1 no Coelho, com gols de Wesley Ladeira e Ademílson contra um de
Alessandro. O jogo foi ruim no primeiro tempo, com os dois times se
respeitando muito. Na segunda etapa, cresceu de produção e foi bem mais
agradável de ver.
A situação dos times na tabela do Campeonato Mineiro não se alterou. O
América-MG, com 18 pontos, continua em terceiro lugar. O Tupi chegou a
16 pontos e se mantém em quarto, dento da zona de classificação para as
semifinais.
O ponto negativo da noite foi o baixo público presente no estádio.
Apenas 103 torcedores pagaram ingresso, o que proporcionou uma renda de
R$ 1.640.
Na próxima rodada do Campeonato Mineiro, o América-MG vai a Uberaba, no
dia 8 de abril, encarar o time da casa, às 16h (de Brasília), no
Uberabão. Antes, porém, o Coelho tem compromisso pela Copa do Brasil.
Quarta-feira que vem, às 22h, recebe o Goiás, na Arena do Jacaré, em
Sete Lagoas. Já o Tupi vai a Governador Valadares, onde enfrenta o
Democrata, domingo, 8 de abril, às 16h, pela 10ª rodada do estadual. O
jogo será no Mamudão.
Jogo morno
O começo da partida foi marcado por muito estudo de ambas as partes.
Nem América-MG nem Tupi quiseram se expor demasiadamente nem ceder
espaços para o adversário. Assim sendo, os minutos iniciais foram mornos
e desinteressantes para o pequeno público presente na Arena do Jacaré.
Os dois times tinham esquemas táticos bem parecidos, com duas linhas de
quatro jogadores paralelas e dois homens de frente, que tentavam se
movimentar, mas sem obter sucesso. Fábio Júnior e Alessandro, pelo
Coelho, e Ademílson e Allan, pelo Galo Carijó, levaram a pior nas
disputas com as defesas na maioria das vezes em que tentaram a sorte.
O América-MG tomou a iniciativa do jogo com uma frequência um pouco
maior que o Tupi. Rodriguinho e Luciano tentavam encontrar brechas na
defesa do time de Juiz de Fora, mas como os laterais Rodrigo Heffner e
Bryan estavam apagados em campo, as jogadas do Coelho ficaram
demasiadamente concentradas pelo meio.
O Tupi também tinha grandes dificuldades para chegar ao gol de Neneca.
Com o principal pensador de jogadas do time, Michel Cury, ausente, a
tarefa de armar ficou para Léo Salino e Henrique, lateral que jogou
improvisado como meia.
Desta maneira, só mesmo um lance de bola parada para abrir o placar na
Arena do Jacaré. O Tupi saiu na frente, após cobrança de escanteio.
Henrique mandou na medida para Wesley Ladeira, aos 37 minutos, acertar
uma cabeçada certeira, no canto direito de Neneca.
Depois do gol, o Coelho partiu para cima do Galo Carijó, e teve duas
boas chances para o empate, com Alessandro e Rodriguinho, mas não teve
força nem competência para conseguir o gol ainda no primeiro tempo.
Emoção e gols
O América-MG voltou diferente no segundo tempo. O argentino Sebastian
Sciorilli estreou, entrando no lugar de Luciano, que quase nada fez
quando esteve em campo. Mas, de imediato, a mexida não funcionou, já que
foi o Tupi quem voltou melhor.
Logo aos três minutos, Ademílson perdeu chance clara, frente a frente
com Neneca. No minuto seguinte, entretanto, o Tupi não perdoou. George
invadiu a área, cruzou para trás e a bola bateu no braço de China.
Pênalti que Ademílson bateu com tranquilidade, no meio do gol, para
fazer o segundo.
O América-MG, então, acordou para o jogo, com dois gols de desvantagem
no placar. Rodriguinho chamou a responsabilidade para si e o time
começou a criar jogadas mais eficientes de ataque. Foi assim que o
Coelho conseguiu diminuir o placar. O meia acionou Alessandro dentro da
área e o atacante, com um belo toque sobre o goleiro Rodrigo, marcou o
primeiro gol americano.
Vendo o adversário melhor em campo, e com a vitória em risco, o Tupi
passou a atacar novamente, o que deixou o final do jogo emocionante, já
que o América-MG continuava em cima, buscando o gol de empate.
O que chamou a atenção, então, foi o grande número de gols perdidos.
Kaká e Fábio Júnior, pelo América-MG, e Allan e Henrique, pelo Tupi,
desperdiçaram chances incríveis. Melhor para o Tupi, que segurou o
resultado até o final, levando a melhor sobre seu rival centenário.
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